MUSICAL EDITIONS
Scores
Score - António da Silva Leite: Miserere de Villa de Conde
Critical edition: Mafalda Nejmeddine
Câmara Municipal de Vila do Conde, 2020. ISMN 979-0-9007525-0-5
Miserere de Villa de Conde is a sacred work composed by António da Silva Leite (1759-1833) for the Monastery of Santa Clara of Vila do Conde, around 1804. The critical edition of this musical work is accompanied by a musicological study based in a literature review and a research on documentation of the time regarding the practice of music and the existence of keyboard instruments in religious institutions of Vila do Conde, such as the above-mentioned monastery. Miserere de Villa de Conde is a work for six voices and two organs (optional figured organ) that is preserved in a manuscript at the National Library of Portugal. The edition contains the transcription of the manuscript with the part of the figured organ, including the realization of the basso continuo and the musicological study that proves the work's attribution to the Monastery of Santa Clara of Vila do Conde.
Partitura - António da Silva Leite: Miserere de Villa de Conde
Critical edition: Mafalda Nejmeddine
Câmara Municipal de Vila do Conde, 2020. ISMN 979-0-9007525-0-5
Miserere de Villa de Conde é uma obra sacra composta por António da Silva Leite (1759-1833) para o Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, por volta de 1804. A edição crítica desta obra musical é acompanhada por um estudo musicológico baseado numa revisão da literatura e na pesquisa de documentação da época relacionada com a prática da música e a existência de instrumentos de tecla em instituições religiosas de Vila do Conde, tal como o mosteiro supracitado. Miserere de Villa de Conde é uma obra para seis vozes e dois órgãos (órgão cifrado opcional) que está preservada num manuscrito na Biblioteca Nacional de Portugal. A edição contém a transcrição do manuscrito com a parte do órgão cifrado, incluindo a realização do baixo contínuo e o estudo musicológico que comprova a atribuição da obra ao Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde.
Score - SEI SONATE PER CEMBALO
Alberto José Gomes da Silva Silva ( † 1795): Sei Sonate per Cembalo (Lisboa, ca. 1770)
Musica Lusitana, 2D. [Mollerussa]: Scala Aretina, 2003
Prefacio y transcriptión por G. Doderer & M. Nejmeddine
In the second half of the 18th century Portuguese keyboard music was circulating primarily in manuscripts, leaving us today with a greatly reduced number of keyboard works printed at that time in Portugal. The first publishing house of that time which specialised in music appeared in 1765 with the arrival in Lisbon of the engraver Francisco Milcent at the invitation of the Portuguese Crown. It was in this publishing house that the Dodeci Sonate, Variazioni, Minuetti per Cembalo by Francisco Xavier Baptista were printed between 1765 and 1777, the only surviving copy currently preserved being in the Biblioteca da Ajuda, and available in a modern edition (G. Doderer, ed., Portugaliae Musica vol. XXXVI, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon, 1981). In the second half of the eighteenth century the Sei Sonate per Cembalo by Alberto José Gomes da Silva were also printed in Lisbon in an edition for the composer. These two collections are the only works for keyboard to be printed in Portugal during the whole of the 18th century.
The collection Sei Sonate per Cembalo by Alberto José Gomes da Silva survives in two copies one preserved in the Biblioteca Nacional de Portugal and one in the British Library and was also the object of a modern edition (G. Doderer and M. Nejmeddine, ed., Musica Lusitana 2D, Scala Aretina, [Mollerussa], 2003). It is not known in which year Gomes da Silva had his sonatas printed nor in which Lisbon workshop. The study in A Edição Musical em Portugal (1750-1834) (M. J. D. Albuquerque, ed., Imprensa Nacional-Casa da Moeda and Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon, 2006) indicates that the collection Sei Sonate per Cembalo by Gomes da Silva would have been printed in the 1760s, in this case being the first Portuguese edition of music to utilise the process of intaglio engraving. This process of engraving had been employed for some musical examples in the Regras de Acompanhar para Cravo, ou Orgão by the same author, which were published in 1758 in the Officina Patriarcal of Francisco Luiz Ameno. Such characteristics of publishing justify the inclusion of the works Regras de Acompanhar para Cravo, ou Orgão and Sei Sonate per Cembalo by Gomes da Silva in the book Tesouros da Biblioteca Nacional (M. V. C. A. Sul Mendes, coord., Inapa, Lisbon, 1992). The text which refers to these works (J. P. d'Alvarenga, "A música também é escrita") points to, although with some reservations, the Officina Patriarcal as the place of printing of the sonatas seeing that the edition presents a similar sculpting to the two musical examples included in the Regras de Acompanhar, which were engraved by Debrie who worked for this workshop.
These facts and the high quality of the edition of the Sei Sonate per Cembalo lead us to believe that the collection might have been engraved by the famous French artist Debrie, who came to Lisbon in the reign of D. João V and was the engraver in the Academia Real de História, and printed in the Officina Patriarcal during the1760s or in the first years of the following decade since it was an authorial edition, it could have taken the composer some time to meet the conditions which were necessary to have the sonatas printed at his own expense.
Excerpt from the text "Sei Sonate per Cembalo" from the CD booklet
Partitura - SEI SONATE PER CEMBALO
Alberto José Gomes da Silva Silva ( † 1795): Sei Sonate per Cembalo, Lisboa, ca. 1770
Musica Lusitana, 2D. [Mollerussa]: Scala Aretina, 2003.
Prefacio y transcriptión por G. Doderer & M. Nejmeddine.
Na segunda metade do século XVIII a música portuguesa para instrumentos de tecla circulava essencialmente sob a forma manuscrita, contando-se hoje com um número muito reduzido de obras para tecla impressas nessa altura em Portugal. A primeira casa editora dessa época especializada em música surge em 1765 com a chegada do gravador Francisco Milcent a Lisboa, a convite da Coroa Portuguesa. Nesta casa foram impressas as Dodeci Sonate, Variazioni, Minuetti per Cembalo de Francisco Xavier Baptista, entre 1765 e 1777, atualmente preservadas em exemplar único na Biblioteca da Ajuda e disponíveis em edição moderna (G. Doderer, ed., Portugaliae Musica vol. XXXVI, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1981). Na segunda metade de setecentos foram também impressas em Lisboa as Sei Sonate per Cembalo de Alberto José Gomes da Silva, como uma edição de autor. Estas duas coleções de sonatas constituem as únicas obras para tecla impressas em Portugal durante todo o século XVIII.
A coleção Sei Sonate per Cembalo de Alberto José Gomes da Silva subsiste em dois exemplares conservados na Biblioteca Nacional de Portugal e na British Library e foi igualmente objeto de uma edição moderna (G. Doderer e M. Nejmeddine, ed., Musica Lusitana 2D, Scala Aretina, [Mollerussa], 2003). Não se sabe em que ano Gomes da Silva mandou imprimir as suas sonatas nem tão pouco em que oficina de Lisboa o fez. O estudo sobre A Edição Musical em Portugal (1750-1834) (M. J. D. Albuquerque, ed., Imprensa Nacional-Casa da Moeda e Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2006) indica que a coleção Sei Sonate per Cembalo de Gomes da Silva terá sido impressa na década de 1760, tratando-se neste caso da primeira edição portuguesa de música a utilizar o processo de gravação a talhe-doce. Este processo de gravação havia sido empregue em alguns exemplos musicais incluídos nas Regras de Acompanhar para Cravo, ou Orgão do mesmo autor que foram impressas em 1758 na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. Tais características editoriais justificam a inclusão das obras Regras de Acompanhar para Cravo, ou Orgão e Sei Sonate per Cembalo de Gomes da Silva no livro Tesouros da Biblioteca Nacional (M. V. C. A. Sul Mendes, coord., Inapa, Lisboa, 1992). O texto que refere estas obras (J. P. d'Alvarenga, "A música também é escrita") aponta, ainda que com reservas, a Officina Patriarcal como local de impressão das sonatas visto que a edição apresenta talhe semelhante a dois exemplos musicais incluídos nas Regras de Acompanhar, os quais foram gravados por Debrie que trabalhou para essa oficina. Estes factos e a elevada qualidade da edição das Sei Sonate per Cembalo levam a crer que a coleção poderá ter sido gravada pelo célebre artista francês Debrie, que veio para Lisboa no reinado de D. João V e foi gravador na Academia Real de História, e impressa na Officina Patriarcal durante a década de 1760 ou nos primeiros anos da década seguinte uma vez que, tratando-se de uma edição de autor, o compositor poderá ter levado algum tempo a reunir as condições necessárias para mandar imprimir as sonatas às suas expensas.
Excerto do texto "Sei Sonate per Cembalo" do livreto do CD